quarta-feira, julho 22, 2009

Saude -Amnistia: “Inaceitável a discriminação de homossexuais na doação de sangue”

Amnistia: “Inaceitável a discriminação de homossexuais na doação de sangue”
21-Jul-2009
Em comunicado de imprensa, a Amnistia Internacional - Portugal considera inaceitável a discriminação dos homossexuais masculinos na doação de sangue em Portugal, salientando que: "Os comportamentos de risco, como o nome indica, estão na forma como as pessoas se comportam e não nas suas opções sexuais".
Em comunicado de imprensa assinado por Pedro Krupenski, director executivo da Amnistia Internacional Portugal (AI), esta organização considera inadmissível a resposta dada pelo Gabinete do Ministério da Saúde à pergunta feita pelo deputado João Semedo sobre este assunto.

Para a AI, naquela resposta fica clara a discriminação dos homossexuais do sexo masculino. A AI considera ainda que são "lamentáveis e extremamente preocupantes" as declarações do presidente do Instituto Português do Sangue, Gabriel Olim, à TSF, na qual ele revela "não haver qualquer avaliação do comportamento de risco de homens que admitam ter tido relações homossexuais". A AI salienta que a declaração de Gabriel Olim é tão mais grave quanto o Instituto Português do Sangue "tem como atribuições 'entre outras, a coordenação e orientação a nível nacional de todas as actividades relacionadas com a transfusão de sangue (...)'".

A AI "considera essencial a existência de medidas que protejam os destinatários do sangue doado", mas sublinha que tais medidas não devem discriminar ninguém por pertencer a um determinado grupo. "Se há dúvidas sobre a qualidade do sangue de qualquer doador, façam-se análises", declara a AI.

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