domingo, fevereiro 20, 2011


São Paulo - Uma marcha contra a homofobia reuniu cerca de mil pessoas na Avenida Paulista, num trecho entre a Consolação e a Bela Vista, na região de São Paulo, na tarde deste sábado.

A intenção dos organizadores da passeata, divulgada em redes sociais da Internet, foi protestar contra os atentados recentes sofridos pelos gays e para pedir a aprovação de um projeto de lei (PLC 122/06) no Senado, que torna crime a discriminação de homossexuais.

Os manifestantes se reuniram na Praça do Ciclista, no cruzamento com a Rua da Consolação, e caminharam até o número 777 da Avenida Paulista, onde um jovem foi agredido com golpes de lâmpadas fluorescentes no rosto. O ataque aconteceu no dia 14 de novembro. Na ocasião, o agressor alegou que teria sido cantado pela vítima, mas foi desmentido pelas imagens feitas pela câmera de segurança de um prédio.

A Casa das Rosas, na avenida Paulista, 37, houve o Lançamento do Selo de Divulgação do Módulo LGBT do Disque Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Promoção da marca: “Brasil Território Livre de Homofobia”. A ação antecede a preparação da Campanha Nacional de Combate à Homofobia.

O evento teve por objetivo promover, em âmbito nacional, ações que incentivem o debate sobre o combate à homofobia e o direito à livre orientação sexual e identidade de gênero no país.

A ministra Maria do Rosário observou que o Estado brasileiro não está pautado por um "pressuposto heteronormativo" e deve reconhecer todos os seus cidadãos.

O Disque 100, serviço telefônico, antes, já atendia denúncias de abusos contra crianças e adolescentes. Desde o começo deste ano, passou a também atender denúncias de homossexuais vítimas de homofobia - e de idosos e portadores de deficiência.

Sobre o Disque 100, Maria do Rosário afirmou que, além da denúncia, "com esse serviço, teremos uma amostragem do que significa o preconceito em todo o território nacional". Assim, será possível agir em rede para buscar que a violência cesse e o Brasil "seja livre da homofobia".

Marta destacou que uma pesquisa realizada pela Fipe em 501 escolas públicas de todo o País, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 87,3% das pessoas têm preconceito em relação à orientação sexual.

"É preocupante o preconceito e a violência. O Brasil retrocedeu em relação dez ou 12 anos."

A senadora lembrou que a Argentina, por exemplo, era um país mais avesso em relação à aceitação da homossexualidade e, no entanto, agora legaliza o casamento entre gays. "E nós temos o espancamento de gays", comparou, referindo-se a agressões ocorridas recentemente na paulista.


O selo, propriamente um adesivo, vai denunciar onde ocorrer discriminação. Funciona como os avisos de carros guinchados. Será colocado em locais como, por exemplo, este da avenida Paulista, 777, onde um dos mais bárbaros ataques se viu, com jovem e amigos agredindo outro rapaz com uma lâmpada fluorescente, por acreditarem que se tratava de homossexual.

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