Selo na testa
Na tarde deste sábado, 19, foi lançado em São Paulo pelo governo federal, por meio da ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário um selo (um adesivo, por assim dizer) que se for aplicado na forma que foi projetado vai mudar muita coisa pelo Brasil. A ideia do governo Dilma é simples: os locais públicos (praças, ruas, prefeituras, metros, trens) ou privados (restaurantes, bares, clubes e tais) que forem palco de qualquer ato discriminatório ou homofóbico contra gays vai ver grudado o adesivo para que todo mundo saiba que ali tal fato ocorreu.
O selo será distribuído pelo Governo federal para entidades gays, militantes e centros de referência. Na prática, se esse selo estivesse lançado há dois meses, a Ofner da Alameda Campinas estaria lotado de selos por conta do ato de um gerente que teria expulsado um casal gay que trocava carinhos no local. O Mackenzie então, já teria mais selos que tinta vermelha. E tantos e tantos outros. O selo é simples: o mapa do Brasil aparece colorido pelas cores do arco-íris e nele vem escrito: todos juntos para erradicar a homofobia no Brasil.
A ministra Maria do Rosário estave em São Paulo e escolheu a Avenida Paulista para lançar o selo. A escolha não é aleatória. Ela disse que sentiu-se envergonhada pelo ataque covarde dos cinco adolescentes ocorrido ali em novembro passado. Eu disse a ela que os donos de estabelecimentos tirariam o selo na mesma hora que o colocassem. Ela respondeu dizendo que mesmo que o selo fique no local por pouco tempo, ele será um símbolo e uma forma de inibir outros atos parecidos, além de ser um sinal claro de que o governo federal condena esse tipo de ato.
Ela também disse ainda que o lançamento do selo vem junto com a ampliação do DIsque 100, que agora passa a receber denúncias de atos homofóbicos ou discriminatórios de todo o Brasil. A ideia é assim: se rolou discriminação, o atingido deve ligar para o DIsque 100 e denunciar o fato que será investigado imediatamente (segundo ela), e então colar o selo no local onde esse ato discriminatório aconteceu. Maria do Rosário também garantiu que as atendentes do Disque 100 estão preparadas para receber denúncias de homofobia e preconceito contra gays. Além de investigar as denúncias, Maria espera que dados oficiais sobre a homofobia no Brasil passem a ser geradas através do Disque 100.
Fonte: http://mixbrasil.uol.com.br/blogs/cia/2011/02/19/selo-na-testa.html
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