terça-feira, dezembro 14, 2010

Casos de Homofobia em Goias

VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
DOS HOMOSSEXUAIS EM GOIÁS: 1997-2003

Luiz Mott,
Secretário de Direitos Humanos do Grupo Gay da Bahia
luizmott@ufba.br


AGRESSÃO FÍSICA CONTRA HOMOSSEXUAIS

PRISÃO DE GAYS E TRAVESTIS
O Presidente do grupo homossexual Ipê Rosa, o pastor Onaldo Pereira, ao buscar informações na delegacia a respeito da prisão de homossexuais, declarou: ”Fiquei chocado com o que vi e ouvi. Os presos foram forçados no muque a se perfilarem para a imprensa os fotografar. Tentei intervir, alegando direito constitucional de ter a imagem preservada, quando levei um empurrão do carcereiro. Talvez seria o caso de seguirmos o exemplo de um gay goiano que pediu e conseguiu asilo nos Estados Unidos, alegando não poder viver uma vida normal em nossa sociedade.” O Grupo Ipê Rosa entrou com um pedido de habeas corpus para liberar os homossexuais presos sob alegação de vadiagem. [O Popular, 14-2-97; 26-2-97]

POLICIAIS DE GOIÂNIA AGRIDEM GAYS (GO)
Pesquisa realizada pela Associação Goiana de Gays, Lésbicas e Travestis, de 24 gays entrevistados que freqüentam o Bosque dos Buritis durante a noite, todos já haviam sofrido violência, embora apenas 10 tivessem registrado queixa na delegacia, os demais, deixaram de fazê-lo com medo de sofrerem novos constrangimentos, incluindo 3 gays que declararam ter sido discriminados dentro dos distritos policiais. A pesquisa revelou que a maior parte destes gays e travestis de Goiânia já foram chantageados e extorquidos por policiais, alguns sendo espancados ou obrigados a manter relação sexual com agentes de plantão. (O Popular, 18-1-1998)

GAY É ESPANCADO E AMEAÇADO DE MORTE PELA POLÍCIA EM GOIÁS
Segundo denúncia de A G., 23 anos, atualmente residindo em Miami, quando morava no interior de Goiás, ”certo dia, estava eu e meu namorado em meu carro, no parque da Cidade, quando fomos atacados por policiais civis, retirados para fora do carro, fomos agredidos, ameaçados e deixados lá. Através da habilitação dele, pegaram seu endereço e tudo mais, ligaram pra casa dele, falaram uma porção de mentiras e absurdos, o que fez com que a família o expulsasse de casa. Uma delegada de polícia, que tinha uma pendência comercial com minha firma, passou a me ligar, dizendo que o mesmo aconteceria comigo se eu não tomasse alguma providencia quanto ao caso dela. Chegaram a me levar pra delegacia, onde apanhei, fui filmado, me forçaram a assinar um falso depoimento para fomentar uma provável ação de rescisão contratual contra a empresa. Fui a Promotoria e conversei com a promotora. Expliquei o que estava havendo e pedi ajuda. Ela disse que faria de tudo, que se empenharia no caso da melhor forma que ela pudesse, mas disse que infelizmente o Estado não dispunha de meios para me proteger. Na mesma noite recebi um telefonema da delegada, que me disse saber onde eu estive, e que se eu repetisse aquilo ou voltasse a falar com a promotora que eu sumiria do mapa. A Promotora insistiu pra que formalizássemos uma queixa, mas disse que não poderia garantir minha segurança. Naquela noite eu dirigia por uma estrada num trecho ermo, quando fui abordado por um Fiat UNO, descaracterizado. Dois agentes mostraram distintivos, me espancaram, retiraram minha roupa e me colocaram no porta-malas. Fui levado para o município de Luziânia, a cerca de 1 hora de Brasília, onde me colocaram pra fora do porta-malas, me espancaram novamente, me ameaçaram com arma de fogo se eu voltasse à Promotoria. Como eles ficaram sabendo que eu estive lá, eu não sei. Disseram que “bichas” morriam o tempo todo, que eu seria só mais uma, coisas desse tipo. Disseram que contariam pra minha família, da mesma forma que fizeram com meu namorado. Bom, hoje estou aqui nos EUA, sendo ajudado pela DHRF, pleiteando um pedido de asilo nos Estados Unidos.”[Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de “GA”, 15-6-2000].


DISCRIMINAÇÃO CONTRA TRAVESTIS

GUERRA AOS TRAVESTIS EM GOIÂNIA
O Primeiro Distrito Policial com apoio do Serviço Reservado da Polícia Militar de Goiânia prendeu 8 travestis acusadas de vadiagem e de estarem fazendo estripulias na Avenida Parnaíba. O Delegado Roberto Neme disse que “não pretende dar trégua aos travestis e disse ter recebido ordem do Diretor Geral de Polícia Civil, Dr.Hitler Mussolini (sic!) para prender também os michês e rapazes que ganham dinheiro para fazer programas com homossexuais. O Tenente-Coronel disse que tinha ordens de tirar de circulação todos os travestis que permanecem nas proximidades da Praça e ao longo da Avenida Anhanguera. [Diário da Manhã, 5/6-2-1997]

CASA DE TRAVESTI É CRIMINOSAMENTE QUEIMADA EM GOIÂNIA
Um incêndio ocorrido na Rua Jaó, 61, Vila Coronel Cosme, em Goiânia, destruiu completamente a casa da travesti GMS, “Gláucia”, sendo acusado o marginal Amarelinho como o principal suspeito de ter ateado fogo, pois tinha prometido roubar o travestis, arrombando a porta da casa horas antes. [Diário da Manhã, 5-5-1997]

TRAVESTIS IMPEDIDOS DE PERMANECER EM BAR (GO)
A travesti Ludimila, 29, denunciou o Bar da Praça, na Praça Niemeyer, Goiânia, foi impedido de ser servido pelo garçom do estabelecimento, que atendeu as duas pessoas ao lado e disse que a proprietária havia dado ordem para não a atender. Segunda Sirlene, proprietária, « ninguém é obrigado a atender ninguém. Muita gente de outros bares daqui também se recusaria atender gente como ele porque chama muita atenção. As famílias vem no balcão reclamar a presença deles e ameaçam não voltar mais. » O Delegado do 1o DP, Ely José de Oliveira, disse não considerar a atitude da proprietária crime pois alguns travestis perturbam o sossego público. » (Diário da Manhã, 16-3-1998)
TRAVESTIS SÃO ALVO DE VIOLÊNCIA EM GOIÁS
“A polícia de Goiás reproduzindo o que havia sido feito em ‘Sampa’, resolve dar no que eles denominam de limpa de homossexuais do centro. È preciso reação. Gostaria de solicitar as Ongs goianas que tiveram o privilégio de receber recursos para bolsa do Entlaids e as representantes das Travestis do Brasil que nos orientassem que ações podem ser tomadas para proteger as Travestis? Que ações foram definidas pelo Entlaids? O Jornal Diário da Manhã publicou a noticia, “Travestis detidos por assalto na Paranaíba”.
Por ordem do delegado Donizete de Paula Ramos, titular do 1º DP (Centro), faziam diligências buscando tirar de circulação homossexuais baderneiros que infestam a Avenida Paranaíba, em frente ao Hospital dos Acidentados. E foi justamente naquele local que viram uma confusão envolvendo travestis e um desconhecido. Na averiguação, foram identificados Edmar Soares da Silva, a “Rafaela”, 33, e Flávio Alcântara de Souza, a “Isadora”, 24, e o eletricista Paulo Ferreira da Silva, 28, que dizia ter sido assaltado. Paulo alegou ter recebido R$ 380 após terminar um serviço na cidade, e retornava de bicicleta à sua casa na Morada do Sol, em Senador Canedo. Trafegando pela Avenida Paranaíba, no sentido ponte do Córrego Botafogo, foi surpreendido por um travesti saltando à sua frente e, segurando no guidão da bicicleta, o obrigou a parar. Recebeu então uma “gravata” do segundo travesti e lhe tomaram todo o dinheiro. “Para minha sorte encostou um carro do 1º DP. O dinheiro foi jogado no chão e nisso outros homossexuais pegaram algumas notas”, falou Paulo. Versão – Edmar é cabeleireiro. Mora no Setor Capuava. Sua versão é outra: “Ele parou. Pediu sexo oral comigo (Rafaela) e com minha amiga Isadora. Combinamos o preço de R$ 10, cada uma. Terminado o serviço, ele disse que não iria pagar. Como não pagar? Vamos ficar no prejuízo? Pegamos o dinheiro dele. Só queríamos as nossas parte.” No bojo do flagrante, Flávio nada quis comentar, alegando seu direito de falar somente em juízo. Flávio confirmou a versão dele. “Nós é que somos ruins? Pois que chamem outras amigas nossas e perguntem o que realmente aconteceu. Dizem por aí que a gente ataca os passantes. Mentira pura”, conta. Donizete recebeu a documentação assinada por Izidoro Francisco de Sá e disse que Edmar e Flávio seriam levados para a CPP. [Fonte: Liorcino Mendes Pereira Filho, liorcino@yahoo.com.br, 7-8-2003, Goiânia/Go]

NEGADA A TRANSEXUAL MUDANÇA DE NOME E SEXO EM GOIÁS
Juíza indeferiu pedido alegando que nome não causa constrangimento e que a transexual tem fisiologia interna masculina. A Justiça em Goiás negou o pedido da transexual E., de 35 anos, para mudar o nome e o sexo em sua documentação. A transexual se submeteu à cirurgia de mudança de sexo em Londres em 2001 e decidiu obter judicialmente a alteração de seus registros pessoais. A decisão indeferindo o pedido não é muito comum no Judiciário goiano, já que em pelo menos outros seis casos semelhantes ao de E., os pedidos de alteração de registros de nascimento e de sexo foram deferidos. O pedido foi negado pela juíza Luiza Fortunato Ricardo, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Goiânia, com base na Lei 6.015 de 1973, que determina a imutabilidade do prenome quando não houver qualquer tipo de erro gráfico. Ao indeferir também o requerimento para troca de sexo masculino para feminino nos documentos, em virtude da cirurgia de mudança de sexo, a juíza argumentou que, embora externamente E. pareça uma mulher, sua fisiologia interna é masculina. “Ao julgador, na correta distribuição da justiça, não lhe é dado ficar apenas nas aparências das formas, cabendo-lhe enxergar além da venda que cobre os olhos da matéria”, destacou na decisão. Criticando a cirurgia de mudança de sexo, a magistrada salientou que “o fato de ter se submetido a transgenitalização não significa que o requerente tenha realmente se tornado uma mulher, na concepção completa da palavra”. Quanto ao nome do autor da ação, salientou que não se trata de um nome que expõe a pessoa ao ridículo. Ao tomar conhecimento da decisão, o advogado da transexual, Rubens Fernando Mendes de Campos, anunciou que pretende recorrer da sentença. Segundo ele, a juíza assumiu uma posição retrógrada e prendeu-se à lei de 1993 para basear seu entendimento, “negando o óbvio”. Para o advogado, entre a justiça e a lei fria, a juíza deveria ter optado pela justiça, pela jurisprudência e pelos princípios gerais de Direito, que defendem posição mais avançada. Mais importante do que a fisiologia interna do corpo acredita o advogado, é como a pessoa se sente desde a infância. Segundo ele, seu cliente sempre se sentiu mulher – desde os 6 anos queria ser uma menina – e, hoje, depois de ter se submetido à cirurgia, vive na Itália, onde tem namorado e pretende se casar e adotar filhos. Rubens Fernando conta que, toda a família do transexual apóia as mudanças no registro de nascimento e a decisão causou decepção, pois todos acreditavam que agora acabariam os constrangimentos. [Fonte: liorcino@yahoo.com.br, 8-6-2003, Goiânia/Go]

TRAVESTIFOBIA NA IMPRENSA GOIANA
“A travesti “Rafaela” é mais feia que churrasquinho de carne bovina na Feira da Marreta. Diante disso é obrigado a aceitar quem pinta no seu pedaço, como aconteceu com o eletricista Paulo Ferreira. Os dois ficaram conversando quase duas horas até Ferreira concordar em pagar R$ 10,00. Rafaela cumpriu fielmente a sua tarefa, mesmo ficando com os joelhos esfoladinhos, pois a situação foi resolvida em lote baldio e com muriçocas incomodando. O eletricista se negou a pagar. Mas quem entrou em curto-circuito foi a ‘bichinha’, que para distribuir porradas é mais certeiro que o Popó. O pior foi quando outras travecas gritaram: “Vamos capá ele! Vamos capá ele”. Ferreira saiu em desabalada carreira. Deve ter ido a pé para Senador Canedo, onde mora.” [Fonte: Jornal Diário da Manhã e Leo Mendes, liorcino@yahoo.com.br, 13-8-2003, Goiânia/Go]

TRAVESTI É AGREDIDO E ASSALTADO EM GOIÂNIA
O travesti e cabeleireiro Erasmo Souza Morais, 23, residente na Barra do Garças, MT, foi ferido a golpes de faca na nuca e no braço direito durante um assalto cometido por 4 pessoas, sendo levado para a UTI de Goiânia. O assalto ocorreu na porta do Bar da Vilma, próximo ao Terminal do Setor Rodoviário, tendo perdido 380 reais. [O Popular, Goiânia, 7-5-99]


CRISTÃOS FUNDAMENTALISTAS DISCRIMINAM HOMOSSEXUAIS

EVANGÉLICOS QUEREM CURAR HOMOSSEXUAIS (GO)
A Associação Goiana de Gays, Lésbicas e Travestis registrou denúncia no Ministério Público contra o Grupo Jovens Livres por oferecerem « cura do homossexualismo ». Segundo responsáveis pela entidade, havia na ocasião 3 gays e 16 bissexuais internados na casa de recuperação. (O Popular, 12-12-98)

PASTOR E PSIQUIATRA QUEREM CURAR HOMOSSEXUAIS EM GOIÁS
Pastor César Augusto, da Comunidade Cristã Evangélica, declarou em entrevista que consegue curar uma prostituta em 6 meses e um homossexual em 5 anos, mantendo para tanto uma casa de cura. Também o Psiquiatra Eldo Elias, de Goiânia, declarou que cura homossexuais no Movimento Jovens Livres. Ambos foram denunciados pela Associação Goiana de GLT junto a Conselho Regional de Medicina. [Jornal da AGLT, n.1, 1999]


MARCHA DOS EXCLUÍDOS DISCRIMINA HOMOSSEXUAIS EM GOIÂNIA
Associação Ipê Rosa, que reúne homossexuais, lésbicas, bissexuais e travestis, mesmo tendo participado da organização e enviado por escrito um pedido para ser anunciada, teve seu nome boicotado pelos organizadores da manifestação de 7 de setembro, o Grito dos Excluídos em Trindade, Goiás. [Arquivo GGB, iperosa@uol.com.br]

PADRE CONDENA PROJETO DE UNIÃO HOMOSSEXUAL EM GOIÁS
O Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz criticou ferozmente o projeto da Marta Suplicy (PT/SP), que aprovaria a união homossexual, o qual chamou de “golpe para destruir a família: ”O golpe foi a repentina e estranha inclusão de tal projeto na pauta do dia 19 de janeiro: “Desde quando o “casamento” de pessoas do mesmo sexo constitui caso de “urgência” ou “interesse público relevante? Os parlamentares terão uma ótima oportunidade para demonstrar que conservam um mínimo de vergonha: o homossexualismo, não custa lembrar, é um vício contra a natureza.” [Fonte: Arquivo GGB, Internet, denúncia de maite1@uol.com.br, 21-9-2000]

DEPUTADO CONDENA APOIO DE FHC À UNIÃO HOMOSSEXUAL, DF
Brasília, 14-5-2002:
O SR. EULER MORAIS (PMDB-GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa, hoje, divulgou que ao lançar ontem o novo Programa Nacional de Direitos Humanos, o Presidente Fernando Henrique Cardoso ressaltou o apoio do Governo ao projeto de lei, que reconhece a união civil entre homossexuais, de autoria da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que já vem tramitando neste Congresso Nacional desde 1995, sendo esta a primeira vez que o Governo assume essa posição clara e explícita de apoio a essa proposta. A nova versão do Programa Nacional de Direitos Humanos prevê dez ações do Governo a favor de gays , lésbicas, travestis e transexuais. Creio que o Governo Fernando Henrique Cardoso deseja adotar os dez mandamentos da homossexualidade em nosso País. Como cristão evangélico, não poderia deixar de ocupar esta tribuna para manifestar a minha perplexidade, a minha indignação contra este governo, que em lugar de estar definindo ações efetivas e concretas para o desenvolvimento e progresso do nosso País, inclusive no que tange aos próprios Direitos Humanos vem sobressaltar a Nação brasileira, sobretudo, aqueles que têm valores e princípios cristãos, anunciando o apoio do governo, à união civil entre homossexuais. Quero dizer que, acima do meu partido, estão os meus princípios. Princípios de cristão, que jamais poderíamos admitir esse tipo de avanço, entre aspas, que nos países ditos desenvolvidos, já vêm adotando, institucionalizando, não só a homossexualidade, a promiscuidade e tantas outras coisas que demonstram a devassidão realmente das ditas sociedades desenvolvidas. Sr. Presidente, na semana passada, representantes do segmento evangélico, reunidos no Rio de Janeiro, especialmente da Assembléia de Deus, declararam publicamente apoio ao candidato José Serra à Presidência da República. Em Goiás, meu Estado, vou concitar os pastores e líderes evangélicos, católicos e de outras confissões, que sejam verdadeiramente cristãos, a retirar o apoio ao candidato José Serra, se ele não declarar sua posição contrária à assumida pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que, com seu ato, caracterizou-se como homem ateu, que não tem temor a Deus e não tem os princípios cristãos no seu coração. Faço um apelo à representativa bancada evangélica desta Casa - somos mais de 40 e temos grande responsabilidade, juntamente com os nossos irmãos de fé, não só evangélicos, mas também católicos - para que nos reunamos e demonstremos que não somos acomodados e não aceitamos esse tipo de legislação que vem manchar o Congresso Nacional e a história daqueles que tiverem o despudor de aprová-la. Faço um apelo aos colegas evangélicos dos mais diversos partidos, bem como a todos os demais Parlamentares, no sentido de que nos unamos efetivamente para levantar as nossas vozes contra esse tipo de ação, que visa a institucionalizar o perverso, a corrupção, a imoralidade, a vergonha e a nudez, que nós não desejamos para a nossa Nação. Respeito os homossexuais, aqueles que fizeram opção contra a própria natureza, mas não posso admitir que nós, aqui, no Congresso Nacional, sejamos induzidos, com apoio do Governo, a aprovar esse tipo de legislação, em nome dos Direitos Humanos, para podermos desfigurar, sacrificar, acabar com a família brasileira. Portanto, Sr. Presidente, meu protesto veemente contra o Presidente Fernando Henrique Cardoso, que mostra estar cada vez mais distante da realidade dos problemas mais urgentes da população brasileira. S.Exa. deveria, sim, estar mais preocupado com a justiça social, com os pobres e marginalizados que não têm alimento, não têm acesso à saúde e à educação, e não em jogar a questão da união civil entre homossexuais no bojo da discussão dessa questão tão importante relacionada aos Direitos Humanos. Fica aqui a palavra de um representante do Estado de Goiás, que, certamente, lutará em seu Estado e juntará sua voz à de companheiros de outros Estados, para que essa vergonha não ocorra em nossa Nação, porque será mais um sinal de retrocesso, de falência dos valores mais caros e efetivos da família brasileira. Tenho certeza de que o Deputado Lincoln Portela, o Deputado Cabo Júlio e o Deputado Eber Silva levantarão suas vozes juntamente com o Deputado Walter Pinheiro e outros Parlamentares evangélicos, que têm no coração o respeito e em suas mentes e nos seus espíritos a confiança de que Deus é grande e maior do que essas idiossincrasias e interesses escusos de mandatários do nosso País, que querem vir denodar e macular a família brasileira. Não posso admitir esse tipo de avanço nos Direitos Humanos. Para mim, esse fato é a institucionalização da vergonha, da corrupção e da queda dos valores mais sagrados da família. Que Deus tenha misericórdia de nós e nos livre dessas iniciativas que humilham e envergonham aqueles que lutam por um Brasil que tenha respeito e dignidade. Muito obrigado.”[Fonte: Arquivo do GGB, mensagem enviada pelo Dep.Marcos Rolim, PT/RS, ]


HOMOFOBIA CONTRA MENORES GAYS

MENINO DE RUA GAY SOFRE DISCRIMINAÇÃO (GO)
O estudante F.S., 14 anos, disse que desde os 8 anos é homossexual e por esta razão foi expulso de sua casa em Jataí, Goiás, passando a viver na rua e no Abrigo Renascer, em Goiânia. Segundo o Conselheiro Tutelar da Região Oeste de Goiânia, Sandoval M.Vieira, os casos de adolescentes rejeitados em casa pelos pais por serem homossexuais acontecem pelo menos uma vez por mês. « É sempre uma pandemônio na família, mas o grande problema é que a discriminação traz a omissão. Atualmente enfrento o caso de uma menina que assumiu sua homossexualidade com outra menina mas os pais não aceitam : A mãe quer matar a filha e o pai diz que vai matar a namorada da filha. »( O Popular, 4-1-1998)

TRAVESTI ADOLESCENTE EXPULSO DE CASA (GO)
A Travesti de 17 anos, FS, em Itaberaí, a 91 kms de Goiânia, ao ser surpreendida numa casa de prostituição junto com outras menores, contou que foi enxotado de casa, em Aruanã, depois que seus pais perceberam que era homossexual. Segundo o Titular do Conselho da Infância e Adolescência, dentre as diligências realizadas por esta entidade, « o caso mais difícil é do gay, pois a família não aceita por ser travesti. » (Diário da Manhã, 5—5-1998)


ESCOLA PROÍBE ALUNO DE USAR BRINCO EM GOIÂNIA
O garoto W.A.A., 11 anos, foi proibido de assistir às aulas na Escola Estadual Senador Teotônio Vilela, em Goiânia, por esta usando dois brincos na orelha esquerda. É a segunda vez que o menino é barrado. [Folha de SP, 23-4-1999]

MENINO DE 4 ANOS É CASTIGADO POR DAR BEIJO EM COLEGA EM GOIÂNIA
A monitora da creche Conjunto Goiânia Viva, da Secretaria Municipal, lavou a boca do menor J.C.S, de 4 anos, com água, bucha e sabão, chamando-o de gay, depois de ficar sabendo que ele teria beijado a boca de outro colega da mesma idade. A mãe do menino quis o afastamento da funcionária, alegando que "meu filho foi discriminado por ser negro, pobre e filho de mãe solteira", lamenta. A Associação Goiana de Gays, Lésbicas e Travestis protestou junto ao Juizado de Menores, apontando desrespeito à Constituição e Estatuto da Criança e Adolescente.


ADOLESCENTE GAY É IMPEDIDO DE MORAR SOZINHO EM GOIÁS
O menor F.S.O., 17 anos está tentando obter autorização do Juizado da Infância e da Juventude para morar sozinho. Esse fato é mais um capítulo na história desse rapaz, que, desde os 12 anos, se recusa a aceitar a discriminação e as humilhações advindas de sua condição de homossexual. Ele conhece a fundo o estatuto da criança e do adolescente e exige seu direito à cidadania. O que torna o caso de F. singular é que ele não se calou e decidiu ir as últimas consequências para ser respeitado. [Fonte: O Popular/GO, 9/7/2000]


HOMOFOBIA NA Internet

ESTUDANTE GOIANO QUER EXTINGUIR GAYS DO PLANETA
O estudante R. de Goiás, 17 anos, declarou: “Detesto até falar em homossexualismo. Acho que essa raça deveria ser extinta do planeta. O homem nasceu para a mulher a mulher nasceu para o homem. O contrário é feio e ridículo. Tenho vontade de bater quando vejo algum travesti na rua ou percebo que alguém é gay.” [O Popular, 1-7-99]

HOMOSSEXUAL É DISCRIMINADO NA INTERNET NA GOIÂNIA
Um internauta com o nome de Alex marcos, gay assumido, enviou mensagem no chat da MIRC, declarando querer corresponder-se com outros homens para algo mais sério. Tal mensagem foi alvo de uma enxurrada de palavrões e piadas preconceituosas. No canal Gay Brasil um dos usuário exigiu que ele saísse do canal após chamá-lo de bicha. [O Popular, 13-10-99scente. , [O Popular, 14-4-99]


LESBOFOBIA

LÉSBICAS S0FREM VIOLÊNCIA FAMILIAR EM GOIÁS
A família é quem mais discrimina as lésbicas, segundo pesquisas do Grupo de Lésbicas de Goiás. Numa amostra de 85 mulheres homossexuais, 63% das lésbicas entrevistadas declararam ter sofrido violência por parte da mãe ou do pai, 25% dos irmãos e 13% de outros parentes. Há notícia de lésbicas que foram internadas à força em clínicas de recuperação. . "As lésbicas sofrem mais violência dentro de casa, enquanto os gays e travestis sofrem mais com a violência por parte de policiais", afirmou Leo Mendes, Presidente da AGLT. [O Popular, Goiânia, 20-6-99]
LÉSBICA É XINGADA POR PLAYBOYS EM BAR, EM GOIÂNIA
Mariza M. Idelfonso, 29, doméstica, lésbica, afirma que já foi alvo de inúmeras manifestações discriminatórias. Recentemente, ela conta, "eu saí de um bar, de mão dadas com minha mulher e fui xingada por um grupo de playboys que passavam de carro. Você ama sua parceira, mas não pode demonstrar porque, se for lésbica, o amor vira pouca-vergonha,” afirma. [Fonte: O Popular, GO, 29-6-2001]

HOMOFOBIA NO DIA A DIA

AGENCIA DE ENCONTROS DISCRIMINA CASAIS GAYS
Agência Talismã, de Goiânia, que recebe uma média de 50 chamados diários de pessoas interessadas em encontros amorosos, recusa-se trabalhar com casais homossexuais “com medo que o negócio vire bagunça.” [Diário da Manhã, Goiânia, 31-7-1997]

GAYS SÃO DISCRIMINADOS EM BANCOS DE SANGUE (PR, GO, SC, BA)
Em Brasília, Curitiba, Goiânia, Florianópolis e outras capitais, os bancos de sangue recusam-se receber doação de sangue de gays. Embora não conste nenhuma portaria do Ministério da Saúde proibindo aos gays doarem sangue, as autoridades sanitárias estaduais continuam a praticar tal exclusão. O Grupo Dignidade, de Curitiba, registrou denúncia junto à Promotoria de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais. Desde 1997 o Grupo Gay da Bahia enviou ofício à Coordenação Nacional de Aids do Ministério da Saúde cobrando a proibição desta abusiva discriminação. Em Salvador, Adilson R. Afonso, 26, foi impedido de doar sangue a uma amiga necessitada pelo fato de ter escrito em sua ficha de doador que era homossexual. Posto do IHEBA, Rua da Flórida, 137, Graça, Salvador, dia 116-12-98, 13h30. (Registro de Queixa de violência e discriminação anti-homossexual, GGB, 16/12/98; Folha de Londrina, 9-10-98 ; Jornal de Goiânia, 7-10-98 ; A Notícia, SC, 10-6-98)

BAR DISCRIMINA GAYS EM GOIÂNIA
Os estudantes W. Santiago e seu parceiro R.Clayton foram impedidos de trocar carícias no bar/restaurante D.Sebastian, apesar do local ser freqüentado predominantemente por público GLS . [Fonte: Arquivo da Associação Goiana de GLT, 21-5-1999]
LEITOR CONDENA FRENTE PARLAMENTAR GAY EM GOIANIA
Roberto Jardim escreveu que o Congresso Nacional agora, conta com uma frente parlamentar para defender os interesses dos homossexuais naquela casa. Porque não outras frentes para defender os direitos heterossexuais, bissexuais e dos assexuados? Parece brincadeira de mau gosto, para atazanar nossos neurônios. Enquanto isso há uma verdadeira barafunda para aprovar temas de importância fundamental para decantada cidadania da população do país. [Fonte: O Popular, 16-10-2003, Goiânia/Go]


JORNAL DO BRASIL 27/03/04COLUNAS
Goiânia é a cidade brasileira com o maior índice de preconceito contra gays e lésbicas. Pesquisa concluída recentemente indica que 18% da população - a mais alta porcentagem em todas as cidades ouvidas país afora - acham o homossexualismo uma doença

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