quarta-feira, novembro 04, 2009

MEDICO ASSASSINADO DENTRO DE CASA - OS DEZ MANDAMENTOS DA SOBREVIVENCIA GAY





A Associação Goiana de Lésbicas, Gays, Bissexuais , Travestis e Transexuais - AGLT está horrorizada com o assassinato brutal do médico e escritor Carlos Magalhães, baiano, de 69 anos, encontrado morto na tarde de ontem, no apartamento dele no centro da capital de Goiás. Os vestígios de camisinha, bebida, a vítima nua de bruços, roubo de carteira e televisores, demonstra que tem tudo para ser um crime homofóbico.

A AGLT divulga pela 10 vez neste ano, os 10 mandamentos da sobrevivencia Gay, esperando que a família contribua com a apuração total do crime não tentando esconder a orientação sexual da vitima e que vizinhos e policia possam ajudar a encontrar o(s) assassino(s) e serem exemplarmente punidos. a AGLT espera ainda que os Senadores Demonstenes Torres, Lucia Vania e Marconi Perillo aprovem em carater de urgencia o PLC 122 que criminaliza a homofobia no brasil e vai tirar da alta vulnerabilidade a latrocinios e assassinatos 20 milhões de Homossexuais brasileiros que pagam impostos e que tem seus direitos civis negados pela forte e preconceituosa intolerancia de políticos fundamentalistas "religiosos".

10 Mandamentos de sobrevivencia Gay

1.Não leve amantes para sua residencia.
2.Não mantenha relação afetivo-sexual com menores de 18 anos.
3.Procure frequentar Saunas, Cinemas, Boates que oferecem cabines e dark rooms para relacionamento sexual.
4.Não beba nada oferecido por amantes e estranhos. Não desgrude do seu copo ou lata de bebida.
5.Prefira morar em apartamentos e fazer amizades com os porteiros e vizinhos de andar.
6.Se você mora sozinho, declare sua orientação sexual para amigos, vizinhos e seguranças do prédio
7.Em caso de solidão saia de casa.Não dê carona para estranhos.Vá a uma boate, cine, bar, divirta-se.
8.Homossexualidade não é doença. Mas o medo de se relacionar com outros Gays é um problema que pode ser resolvido com psicológos.
9.Se sair com um Trabalhador do sexo, não esconda que é gay, isso evita chantagem, e nem fale de sua vida profissional e economica. Guarde os objetos de maior valor em local seguro ( celulares, relogio, som automotivo, colares, pulseiras, roupas, tenis e oculus de grife). Não saia com cartões de crédito, leve o dinheiro contado e trocado.Cuidado com a chave de casa e do carro.
10.Qualquer violencia procure a delegacia de polícia. Caso não se sinta satisfeito com o andamento do inquérito denuncie no Ministério Público.
Postado por Léo Mendes às 07:02

Fonte: www.opopular.com.br

Escritor e médico Carlos Fernando é encontrado morto

Suspeita é de latrocínio porque bens sumiram. Meio cultural lamenta perda de incentivador

Marília Assunção

O sumiço de bens pessoais levam a Polícia Civil a investigar como latrocínio – roubo seguido de morte – a causa do homicídio do médico e escritor Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães, de 69 anos. Carlos foi encontrado morto ontem à tarde no apartamento dele, no Edifício Rural, na Rua 3, no Centro de Goiânia.

A morte do médico e escritor deixa de luto o meio cultural goiano, onde ele se destacou com vários livros publicados, prêmios recebidos e pelo incentivo que deu à literatura, ao teatro, cinema e artes plásticas. Desapareceram do apartamento de Carlos dois aparelhos de televisão – um de 42 polegadas –, a carteira com os documentos pessoais e o telefone celular da vítima. Alguns desses objetos foram vistos no apartamento na sexta-feira pela diarista Evilene Alves que trabalhava há oito anos com o médico e escritor.

Amigos conversaram pela última vez com Carlos por telefone por volta das 15 horas de sábado. Desde então ele não foi visto, nem falou com mais ninguém, conforme apuraram os investigadores. A diarista disse que tentou avisar que ontem não poderia comparecer, mas o telefone não foi atendido.

O corpo foi encontrado após vizinhos estranharem um cheiro forte vindo do apartamento 103, no primeiro andar do edifício, onde Carlos Fernando residia há vários anos, sozinho. A polícia acionou um chaveiro, que precisou arrombar a porta da sala. A chave da porta da cozinha não foi encontrada na fechadura do lado de dentro, onde a diarista disse que ela sempre ficava, levando a crer que a pessoa que levou os bens saiu por esta porta e carregou a chave.

A perita do Instituto de Criminalística Terezinha Violatte disse que não havia sinais de luta no apartamento. O corpo estava em um quarto que funcionava como escritório, sobre um colchão que ficava no chão. Ele foi encontrado nu, de bruços, sob cobertores e peças de roupa e com um travesseiro sobre a nuca. Aparentemente não havia perfuração de bala no corpo.

Havia muito sangue na região do pescoço, mas isso foi atribuído ao avançado estado de decomposição, o que impediu precisar na hora se houve esganadura ou corte no pescoço, análise que será feita pelo legista. Outra hipótese da perita é a de envenenamento. Um litro contendo licor e uma garrafa de outra bebida, além de pequenos objetos, foram recolhidos pela perícia que analisará o conteúdo e a existência de impressões digitais.

A delegada Jane Cristina Gondim Melo, adjunta da Delegacia de Investigações de Homicídios, trabalha com o latrocínio como principal hipótese da morte. “Mas ele também pode ter morrido de morte natural e a pessoa que estava junto ter decidido levar os objetos, mas só o exame cadavérico vai dar essa resposta”, informou Jane. Ela considera a hipótese possível porque Carlos era hipertenso.

Por outro lado, a delegada informa que já tem um suspeito de ter estado com a vítima no dia da morte e que há sinais de que ocorreu um encontro sexual no apartamento. “Já sabemos que uma pessoa conhecida entrou. Não houve arrombamento, nem luta, o que reforça isso”, disse.

Ela solicitou imagens das câmaras do circuito interno do prédio para averiguar se a pessoa que estava com Carlos, ou se a retirada dos bens do apartamento, aparecem nas imagens. Chocados, amigos que estiveram no local evitaram comentar o caso. Um deles disse apenas que o corpo deve seguir para a Bahia, onde o escritor nasceu e onde reside a família dele.

Luto
A morte de Carlos Fernando representa uma “perda incalculável para a cultura de Goiás em todas as suas manifestações. Fosse no teatro, no cinema, na literatura, Carlos era um incentivador cultural”, resumiu o pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás, Anselmo Pessoa. A pró-reitoria, lembrou ele, nasceu de um núcleo criado por Carlos Fernando na década de 1980.

O presidente da União Brasileira de Escritores Seção de Goiás (UBE), Edval Lourenço, destacou a qualidade das pesquisas históricas feitas por Carlos Fernando. “Ele era um pesquisador sério da história de Goiás, sabia usar as ferramentas, o que o marcou bem. A pesquisa perde com sua morte”, lamentou.

“Foi uma perda incalculável para a cultura goiana. Fosse no teatro, no cinema, na literatura, Carlos era um incentivador cultural.”
Anselmo Pessoa, amigo e pró-reitor de Extensão e Cultura da UFG

“Sua obra marcou pela seriedade das pesquisas, do uso das ferramentas de pesquisa e pela participação cultural. Perde a pesquisa histórica.”





www.
l Lourenço, presidente da UBE-GO

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Vida intensa nas artes e na medicina
Vida intensa nas artes e na medicina

Rogério Borges

Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães era um dos intelectuais mais conhecidos e respeitados do Estado, com forte atuação no teatro, na literatura e nas artes plásticas. Nascido em Paratinga (BA), às margens do Rio São Francisco, a 17 de outubro de 1940, sua família era formada por músicos pelo lado materno e por políticos pelo lado paterno. Ele, porém, preferiu a carreira ligada à medicina. Seu lado artístico, no entanto, não foi esquecido. Ainda na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde depois seria professor, estreou no Show do Esqueleto, promovido pelos alunos do curso.

Era apenas o início de uma longa carreira como ator, diretor e autor teatral, participando de mais de 70 espetáculos. No movimento estudantil, foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional no regime militar, livrando-se das acusações de subversão com a Anistia, em 1979. Em 1985 assumiu a Coordenação Cultural da Universidade Federal de Goiás, onde permaneceu até 1998 e fundou o Teatro Experimental da UFG.

Seu primeiro livro, Matéria-Prima, foi publicado em 1968. Sua segunda obra, o romance Via Viagem, foi incluída, no ano 2000, no cânone realizado pelo POPULAR, sendo considerada um dos dez mais importantes títulos da literatura goiana no século 20. A primeira peça teatral de sua autoria é O Jogo dos Reis, de 1974.

Em 1984, ele compôs uma ópera popular, chamada Lampião, que escreveu especialmente para o maestro Camargo Guarnieri. Dois anos depois publicou o volume de poesias Eros. No início dos anos 1990, Carlos Fernando enveredou pela historiografia, num grande volume que resgata fatos de Pirenópolis no século 18, com um título imenso: História da Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, do Arraial de Meia Ponte, da Capitania de Goiás, entre os anos de 1757 e 1774.

Seus últimos trabalhos foram Perau, de 2003, em que ele toma como inspiração a mitologia grega para compor o volume de poesias - obra que foi adotada no concurso vestibular da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em 2004 -, e um estudo crítico sobre a peça O Cometa, a primeira peça a ser publicada em Goiás e que foi resgatada por ele em suas pesquisas.

Os primeiros livros que publicou foram ilustrados por ele próprio, que tinha uma paixão pelas artes plásticas. Também era crítico teatral e de cinema. Era visto pelos amigos como uma pessoa reservada, mas hiperativa. Estava sempre envolvido com diversos projetos ao mesmo tempo.

Entre os trabalhos que conduzia está um grande levantamento sobre a memória das artes nas províncias de Goiás e nos Estados de Goiás e Tocantins, abrangendo três séculos de história. Sua intenção era lançar esta coleção em cinco volumes. A biografia de Mestre Guarani, um dos maiores escultores das margens do Rio São Francisco, era outro trabalho em que estava envolvido. Estavam em seus planos a publicação de dois romances, um livro de contos e outro sobre Cora Coralina.

Todos estes trabalhos valeram a Carlos Fernando o Troféu Tiokô, concedido pela União Brasileira de Escritores - Seção Goiás, e o Troféu Jaburu, homenagem prestada pelo Conselho Estadual de Cultura. No ano 2000, foi agraciado com o Prêmio Jorge de Lima, da Academia Carioca de Letras, pelo livro de poemas X. Ele ocupava ainda a cadeira 48 do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Seu trabalho de médico nunca o impediu de atuar no mundo das artes. Ele fazia questão de dizer que este lado lúdico e criativo não era uma válvula de escape para sua profissão. Cirurgião-geral, ele cuidou de pacientes internados em unidades de terapia intensiva por 24 anos. Também coube a ele ser um dos primeiros médicos plantonistas do Hospital de Urgências de Goiânia.

Carlos Fernando costumava alegar que seu grande apartamento, no Centro, era uma espécie de refúgio, mas que, mesmo sendo um imóvel amplo, já estava ficando pequeno para tanto material de pesquisa que usava em seus livros. Nele, o autor fazia questão de destacar sua ligação com a Bahia, mesmo tendo saído de lá na casa dos 20 anos e morar em Goiás há quase meio século.

A coleção de carrancas do São Francisco, usadas nos frontispícios dos barcos que navegam o rio para trazer sorte, eram peças pelas quais o dono da casa tinha grande afeição. Um ambiente que Carlos Fernando criou para atender a uma rígida disciplina de trabalho. Organizado, ele tinha horários fixos para escrever, ler e fazer pesquisas.

Seus livros de poesia se destacavam pelo capricho nos aspectos formais, seus livros de ficção eram surpreendentes e seus tratados históricos receberam elogios pelo rigor dos dados coletados. Carlos Fernando participou do Conselho Estadual de Cultura e colaborou na fundação de entidades culturais, como a Federação e a Confederação Nacional de Teatro Amador.





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Médico encontrado morto em apartamento no Centro
03/11/2009





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O corpo do médico e escritor Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães, 69, foi encontrado no apartamento em que morava sozinho, no Centro de Goiânia, na tarde de ontem. A polícia ainda não confirmou a causa da morte do médico aposentado. A adjunta da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DEH), Rejane Cristina Gondim Melo, afirma que Carlos Fernando pode ter morrido naturalmente ou ter sido vítima de latrocínio, isto é, roubo seguido de morte. “Os amigos sentiram falta de dois aparelhos televisores grandes, do celular e dos documentos pessoais da vítima”, explica a delegada sobre a hipótese de homicídio. Até o fechamento desta edição, ainda não havia sido confirmado o local do velório.

Segundo a Polícia Militar (PM), a faxineira do prédio, Edifício Rural, na Rua 3, sentiu um mal cheiro que vinha do apartamento do escritor. Os moradores acionaram o Corpo de Bombeiros, para abrir o local. O comandante da Operação da PM, tenente Antônio, afirmou que a porta do apartamento que a vítima morava sozinha estava trancada e foi necessária a ajuda de um chaveiro para entrar no recinto.

A delegada Rejane afirmou que não há no corpo de Carlos Fernando nenhum sinal de violência. “Não foi encontrado nenhum objeto cortante perto do corpo, e nada demonstrando que houve luta corporal.” A perita criminal Terezinha Violatti Limonge Rangel completa que, devido ao estado avançado de decomposição, não há como confirmar se há algum ferimento. “Apenas a autópsia de um médico-legista poderá confirmar a causa da morte.”

O corpo do médico aposentado foi encontrado deitado nu em um colchão no escritório do apartamento. Segundo a perícia, o corpo estava coberto por camisas da vítima e a cabeça estava coberta por cerca de quatro travesseiros. Havia mancha de sangue perto do rosto dele. Terezinha afirma que, devido ao estado de rigidez, Carlos Fernando estava morto há mais de 72 horas. O quarto da vítima estava intacto.

A delegada explicou que as chaves do apartamento ficarão de posse da polícia, caso seja necessária alguma outra perícia mais aprofundada no local. Ela afirmou que a perícia recolheu copos que estavam sujos de conhaque e licor, além de garrafas de cerveja e uma camisinha usada que estava no lixo do banheiro. A perícia informou que, se foi homicídio, há duas possibilidades da causa da morte, por esganadura ou por envenenamento.

A Polícia Civil explica que o contato com a vítima foi no último domingo (1º), quando ele ligou para um amigo por volta das 15h12. No escritório, a polícia encontrou os jornais que os moradores buscavam na portaria. “No local, estavam os jornais do fim de semana: o de sábado (31) e de domingo (1º).”

A delegada adjunta Rejane Melo afirmou que, se o crime foi um latrocínio, o assassino era conhecido da vítima e tinha a chave do apartamento. A polícia pegou as imagens das câmaras de segurança do edifício para averiguar quem que saiu com os objetos que desapareceram do local.

O porteiro do prédio, Dercílio Lopes, afirmou que, na sexta-feira (30), a vítima recebeu uma visita pela manhã do técnico de informática e, à tarde, de um amigo, que saiu do apartamento em uma hora. Segundo Dercílio, o técnico foi ontem ao edifício às 13 horas. “Interfonamos no apartamento e ninguém atendeu. Ligamos no celular dele e caiu na caixa de mensagem.”

O vizinho e amigo, Francisco de Assis Nascimento, afirmou que a vítima morava sozinha no local há cerca de 15 anos. “Ele era muito discreto. Recebia visitas de muitos amigos médicos e escritores.” O médico não era casado e não tinha filhos. Os vizinhos comentaram que o escritor era muito educado e gentil e que vivia com o seu cachorrinho no colo. “Ele tinha uma poodle toy chamada Petit, que faleceu há algum tempo”, afirma Francisco.

A faxineira, Eveline Alves da Conceição, trabalhava com o médico aposentado há mais de oito anos. Ela afirmou que ele era muito tranquilo e que sempre recebia a visita de um amigo. Um amigo do escritor, que preferiu não se identificar, afirmou que Carlos Fernando ingeria muitos medicamentos, pois era hipertenso.
Fonte: Cejane Pupulin, da editoria de Cidades






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Bacharel em Direito pela UCG

Especialista em Direitos Humanos LGBT

Membro dos GTs de Criação do Programa Brasil sem Homofobia, da Conferencia Nacional LGBT e do Plano Nacional de Enfrentamento da Aids junto aos Gays e Travestis.

Membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDDH - Goiás
site: www.lgbtt.blogspot.com
msn: liorcino@hotmail.com
fone: (62) 84052405

2 comentários:

Augusta disse...

Muito triste fiquei quando soube da morte de um grande amigo e conterraneo.Paratinga-ba,perdeu um filho e uma parte da sua cultura ficou incompleta. Espero que a justiça de Goiana coloque este monstro que fez tal crime na cadeia, e que ele apodreça por lá

Unknown disse...

Paratinga-ba perdeu uma pessoa muito querida, nos Paratinguenses jamais iremos esquece-lo . Espero em Deus que Justiça seja feita e q esse monstro pague pelo crime brutal que cometeu.