terça-feira, agosto 11, 2009

Segurança - Preso ex-policial acusado de matar homossexuais em parque da Grande São Paulo

Preso ex-policial acusado de matar homossexuais em parque da Grande São Paulo
Plantão | Publicada em 11/08/2009 às 06h47m
Bom Dia São Paulo, O Globo
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SÃO PAULO -O ex-sargento da Polícia Militar Jairo Francisco Franco, 46 anos, foi preso pela segunda vez pela polícia paulista, após ter prisão novamente decretada pela Justiça. Ele é acusado de matar 14 homossexuais no Parque dos Paturis, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. As mortes ocorreram entre maio de 2007 e março passado. Doze vítimas foram mortas a tiros e duas a pauladas. Nenhuma das vítimas tinha antecedentes criminais e nada foi roubado Os crimes ocorreram todos entre 20h e 7 da manhã.

Franco chegou a ser preso no final de 2008, mas acabou liberado por falta de provas. Ele ainda é acusado da morte de um travesti, em Osasco, também na Grande São Paulo.

A polícia encontrou uma testemunha ocular, que diz ter visto o encontro de Franco com uma das vítimas e a execução. Além disso, várias pessoas confirmaram que o ex-sargento costumava frequentar o parque. A quebra do sigilo telefônico do ex-policial descobriu que ele estava cinco minutos depois na própria cena do crime.

Reformado da PM, Franco trabalhava como segurança em um supermercado em Osasco, na Grande São Paulo. Ele é suspeito ainda de ter matado um travesti, conhecido como Pâmela, no quarto do Hotel Autonomistas, no centro de Osasco. A arma usada no crime teria seria do mesmo calibre usado para matar as vítimas no parque. O sargento reformado foi a última pessoa vista no hotel com o travesti.

Em março passado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) entrou na investigação das mortes no Parque dos Paturis. Até então, a investigação estava a cargo da delegacia seccional da polícia em Carapicuíba. A última vítima foi Ivanildo Francisco de Sales Neto, de 25 anos. Ele foi agredido a pauladas e encontrado com as calças abaixadas, como em outros crimes de intolerância à orientação sexual.

As mortes seguiram um padrão. Na maioria dos casos as vítimas foram baleadas na parte superior do corpo.

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