terça-feira, junho 23, 2009

ARTIGOS

Um mito a menos - A idade também afeta a capacidade reprodutiva dos homens

da redação

Não são apenas as mulheres que têm o tempo de reprodução limitado. Estudo realizado na Universidade Federal do Ceará concluiu que a idade interfere diretamente na quantidade de esperma ejaculado pelo homem, o que acaba comprometendo a sua capacidade reprodutiva.

O estudo foi realizado com 531 homens ao longo de dois anos. O objetivo foi avaliar a ligação entre a qualidade dos sêmens com o quadro de infertilidade conjugal. Segundo o ginecologista e obstetra que conduziu o estudo, Marcelo Cavalcante, a participação do homem num quadro de infertilidade entre casais é de grande relevância. “O que temos que levar em consideração é que também existe uma influência da idade do homem na capacidade reprodutiva do casal, e não apenas a idade da mulher, que é o mais difundido”, afirma o médico.

A redução na quantidade de espermas liberados pelo homem ocorre por diversos fatores, entre eles as alterações hormonais e doenças associadas ao uso de medicamentos que diminuam a quantidade de esperma. Entretanto, esta redução não ocorre somente em homens inférteis. “A diminuição na quantidade e qualidade espermática ocorre na maioria dos homens, sendo que, em indivíduos com problemas de infertilidade, podemos observar o fato com mais frequência e de forma mais acentuada”, garante o ginecologista.

Pergunta de dez entre dez homens: e a vida sexual, como fica? A idade interfere na ereção e na qualidade do sexo? Não necessariamente, responde Marcelo Cavalcante. Segundo ele, a idade não compromete, necessariamente, a ereção. Mas, como as dificuldades dos homens a partir dos 50 anos passam, também, pelo aspecto emocional, pela autoconfiança, o médico recomenda atenção.

O principal objetivo do estudo, no entanto, é alertar os homens que já passaram dos 50 anos que ainda desejam ser pais. Quanto mais o tempo passa, maior a dificuldade. “Na prática, homens mais velhos liberam menos volume de sêmen quando ejaculam e, portanto, menos espermatozóides por tentativa. Por isso, aqueles que desejem ter filhos com mulheres mais novas devem tentar o quanto antes”, aconselha Marcelo.

De acordo com o médico, mesmo aqueles que apresentam ausência total da produção de espermas, podem procurar tratamento. “Nos casos de redução na qualidade e quantidade espermática, o casal, para conseguir engravidar, deverá recorrer a técnicas de reprodução assistida. Para aqueles que apresentam ausência total, a melhor opção é recorrer a um banco de espermatozóides”, conclui.

Seja qual for a alternativa, as tentativas devem começar o quanto antes. Já para os homens que não desejam mais filhos, o médico afirma que a redução é normal.

http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7229

Puro êxtase - Sexóloga explica por que nos apaixonamos perdidamente e quanto tempo essas sensações duram

Por Maria Helena Matarazzo*

Paixões sentidas na pele, na carne, a 100 graus centígrados. Paixões que mudam o rumo de nossas vidas, e que há uma entrega total, um abandono de si mesmo nas mãos do outro. Paixões em que se perde a consciência de perigo e a noção de limites. Essas paixões, na fronteira entre a sanidade e a loucura, duram em média dois anos. Talvez nada exista no vasto repertório de experiências humanas que se compare a uma paixão. Quando nos apaixonamos, nos sentimos como se estivéssemos a dois passos do paraíso. Temos uma idéia fixa que nos persegue dia e noite: como conseguir o ingresso nesse estado inebriante de ser tudo para o outro e de o outro ser tudo para nós e depois regressar.

Quando amamos, tudo ao nosso redor muda de valor. No estado de paixão, sentimos a compulsão de negar tudo o que somos, ou já fomos, em troca da experiência extasiante de estar a sós com o outro, de mergulhar em seu ser. Sentimos uma fome sensual, de intimidade e de reciprocidade insaciável. Se dependesse da nossa vontade, a paixão duraria a vida inteira e mais três meses. Vivemos acalentando esse tipo de desejo. Mas os estudos mostram que paixões vividas, não apenas sonhadas, duram de dezoito a trinta meses. Como a vida pode fazer uma brincadeira dessas conosco? Nos leva até o paraíso em prazo tão curto – para os amantes, sempre é curto demais – e em seguida nos joga de volta à realidade? Ninguém pode viver permanentemente em estado de paixão. O corpo e a mente humanos não suportariam por tempo indefinido esse clima de constante expectativa, de enorme antecipação.

Por que as pessoas se apaixonam perdidamente? No nosso mundo externo sempre existem falhas, buracos, assim como no nosso mundo interno sempre existem carências, vazios. Quando uma pessoa sente aquele vazio interior, tenta preenchê-lo. Uma das maneiras de conseguir isso é colocando alguém dentro de si mesmo. Nessa ânsia e se preencher, às vezes, a pessoa absorve, engole o outro, ou se deixa absorver, engolir totalmente. Por isso, a paixão vai crescendo e rapidamente se transforma em uma monomania, na coisa central da sua existência, na razão de ser da sua própria vida.

A pessoa apaixonada vê as coisas deformadas. Fica por demais ansiosa para poder decifrar todos os sinais que o outro lhe envia. Fica por demais apegada para poder realmente enxergar outro. Fica por demais obcecada para poder realmente conhecer o outro. Chega a dizer que o ser amado é tudo, para indicar que os outros não são nada. Embutida nessa entrega total há também uma exigência de que o outro seja tudo para ela.

Em vez de se preencher com várias relações de troca, a pessoa apaixonada espera que o outro seja sua fonte exclusiva de gratificação. A paixão é, portanto, uma espécie de prisão paradisíaca. Só que com o tempo esse paraíso pode se tornar insuportável, forte demais, violento demais e isso levar à desagregação.

Na verdade, a maioria das pessoas sabe que são poucas as paixões que se vive na vida inteira. Uma, duas, três. Em geral, dá para contar nos dedos de uma das mãos. Não estou falando de mini-paixões, aquelas que normalmente duram um dia, uma semana, um mês. Estou me referindo a paixões avassaladoras. Todos sabemos quando estamos delirando, mas sabemos também que não podemos viver em estado permanente de delírio. Então, o que fazer? Cronometrar os dias, as horas, os minutos? Fazer contagem regressiva?

Não se deve medir o tempo em que se ama. Só o tempo cronológico pode ser cravado, cronometrado. O tempo subjetivo, não. Todos nós temos um relógio interno que nos diz quanto amamos e em que intensidade. Momentos de prazer, música, ruídos, gestos de ternura, pedaços de conversas, essas coisas não se medem, não têm preço. Quanto vale um sorriso, um abraço? Quanto tempo duram ou ficam gravados em nossa mente um olhar, uma carícia? Quanto vale uma noite em claro?

Quando a pessoa desperta desse estado onírico da paixão, o que acontece é que a paixão termina, e isso, em geral, provoca a morte da relação ou, então, uma metamorfose. A paixão dá lugar ao amor e nos transformamos em companheiros. Ser companheiro, segundo os terapeutas norte-americanos Bach e Wyden, significa "compartilhar os momentos culminantes de toda uma vida, bem como os altos e baixos da existência cotidiana ser incluído e trazido para o mundo privado dos sentimentos, desejos e temores do outro importar-se e inquirir sobre o crescimento do outro, seus triunfos e frustrações, o quinhão que lhe coube na vida identificar e sentir empatia com o seu modo de ser e de crescer receber suas atenções e ser cuidado por ele".

*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso, Nós Dois e Namorantes.

publicada em 12/06/200

http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7225

Travesti, transexual e transgênero; quem é quem?
Cruzeiro On Line
Travesti, transexual, transgênero são termos relacionados à identidade sexual e se referem a realidades diferentes. O transexualismo foi incluído em 1996 na Classificação Estatística Internacional de Enfermidades e Problemas Relacionados à Saúde (CIM 10), no capítulo dos "transtornos de identidade de gênero". Esta decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) provocou a consternação das pessoas 'trans', que denunciam uma 'psiquiatrização' de seu estado.

Essa classificação define o transexualismo como "um desejo de viver e de ser aceito como uma pessoa do sexo oposto." Este desejo é acompanhado geralmente de um sentimento de mal-estar ou de inadaptação ao seu sexo anatômico e do desejo de realizar uma intervenção cirúrgica ou um tratamento hormonal para tornar seu corpo o mais parecido possível ao sexo desejado".

Associações e médicos insistem que uma identidade de gênero (sentir-se homem ou mulher) existe e é independente da identidade sexual biológica e da orientação sexual - hetero, homo ou bissexual. Na França, os médicos decidiram diferenciar os "transgêneros" que realizaram uma hormonoterapia e os "transexuais" que, além da hormonoterapia, passaram por um procedimento cirúrgico de "mudança" de sexo.

Para ser homem, a operação consiste em eliminar os seios, os ovários e o útero e elaborar um pênis. Para se tornar uma mulher, é preciso retirar o pênis, 'construir' uma vagina e uma vulva, e realizar implantes mamários. O travestismo, segundo a CIM 10, refere-se ao "fato de vestir roupas do sexo oposto durante parte de sua existência, com o objetivo de desfrutar da experiência de pertencer ao sexo oposto, mas sem o desejo de mudança de sexo permanente por meio de uma transformação cirúrgica".(AFP)

http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=77&id=185237

- Harvard abre cátedra de estudos sobre homossexualidade
Cruzeiro On Line - EUA - [ 04/06 ]

A universidade de Harvard (Massachusetts) abrirá uma cátedra consagrada a temas ligados a homossexualidade, orientação sexual e sexualidade em geral. O Comitê de Gays e Lésbicas da Universidade anunciou quarta-feira (3) que a iniciativa, promovida por membros e patrocinadores do grupo, "permitirá a Harvard convidar periodicamente especialistas acadêmicos dedicados ao estudo de assuntos referentes às minorias sexuais".

Os cursos de acadêmicos e especialistas convidados serão semestrais e tratarão de temas de "gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, e sobre a sexualidade em geral", assinalou o comitê. Um dos titulares da cátedra, Kevin Jennings, foi nomeado recentemente pelo presidente Barack Obama para ser subsecretário da Educação.

"Harvard é a universidade por excelência, e quando Harvard diz: isto é um campo suficientemente importante para ter uma cátedra, é sinal de sua importância como campo de estudo para todo o ensino superior", destacou Jennings.(AE)

http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=19&id=190934

Relacionamentos de hoje se tornaram Disneylândia afetiva, diz psicóloga em entrevista ao Portal Amazônia

12 de junho de 2009

Raphael Cortezão - Especial para o Portal Amazônia

MANAUS - No dia dedicado especialmente aos namorados, o Portal Amazônia traz uma entrevista especial com a psicóloga Rosângela Aufiero, especialista em saúde mental. Ela falou sobre as mudanças nos relacionamentos, a questão do sexo no namoro e afetividade entre idosos.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Portal Amazônia: Os namoros de hoje estão diferentes?

Rosângela: Hoje é perceptível que os relacionamentos estão diferentes. As pessoas mais velhas, por exemplo, sempre mencionam ‘o tempo da minha avó’, ‘o tempo da minha mãe’, como uma forma de mostrar que os relacionamentos eram diferentes. O interessante é que essas diferenças começam a surgir, principalmente, a partir da emancipação feminina. Essa entrada da mulher no mercado de trabalho, como protagonista da própria vida, foi um marco nas relações entre homens e mulheres.

Quais são as principais mudanças?

Rosângela: Essa emancipação obriga a mudanças radicais, como por exemplo, questões que antes eram condicionadas à natureza feminina, como ser mãe, se casar, hoje se tornaram opções de escolha. E isso provocou um choque na visão de muitos homens, que ainda esperam o padrão da mulher submissa, da mulher serviçal, e das próprias mulheres, que ainda estão conhecendo melhor as possibilidades dessa emancipação.

Isso significa, então, que o modelo que conhecemos de relacionamento está falido?

Rosângela: Precisamos inventar uma nova ética do relacionamento, que ainda não está pronta nem presente, mas que já se avizinha. O modelo que ainda estamos vivendo já não abarca mais todas as mudanças que a sociedade sofreu nos últimos anos. Costumo dizer que hoje, todos em uma Disneylândia afetiva, onde tudo pode, onde a variedade de brinquedos é a parte mais divertida. Tantas opções e convites sugestivos impedem as pessoas de estabelecerem uma relação afetiva propriamente dita, e isso tudo precisa ser refletido. Considero o que vivemos, hoje, como um período de transição entre a ética de relacionamentos do passado com a nova concepção, que só deve chegar quando a brincadeira na ‘Disneylândia’ cansar.

A Internet influencia nesse processo de mudança?

Rosângela: Nunca foi tão fácil se relacionar com alguém. São vários sites de relacionamento, MSN, email instantâneos, celular e outros meios virtuais que oferecem a possibilidade de se relacionar com alguém, mesmo sem nunca ter visto ou tido contato físico com a pessoa. O problema é que isso torna as relações cada vez mais virtuais, fáceis de serem feitas e desfeitas, aumentando a presença da solidão na vida e no discurso entre grupos de homens e mulheres, principalmente os mais velhos.

Existe uma idade certa ou aconselhável para começar a namorar?

Rosângela: Cada grupo familiar, cada grupo cultural deve definir o tempo de acontecimento de suas experiências afetivas e sexuais. Na cultura amazônica, os relacionamentos amorosos e sexuais começam muito cedo, o que muitas às vezes acaba chocando quem mora na zona urbana e dando a falsa idéia de que o povo amazônico é extremamente erotizado. Isso tudo é uma questão de visão cultural, pois o que é cedo para os europeus, é normal para os caboclos, ribeirinhos e indígenas. Não existe uma idade “X” que as pessoas devem fazer ou não tal coisa.

Como os pais podem lidar melhor com essa fase?

Rosângela: Os pais devem primeiro olhar o que é importante para a cultura familiar deles. Por mais caretas que essa cultura possa parecer para outros grupos, essa é a cultura daquela família. O grande problema é o discurso ambíguo. Como a sexualidade hoje é muito aberta, e as pessoas são induzidas a transar, os pais acabam tendo discursos muito ambíguos. É algo do tipo: na casa do vizinho pode, na minha não, e isso ocorre porque nem os próprios pais sabem o que é a cultura familiar deles.

Um pedido dos filhos para dormir em casa com o namorado ou namorada já é bem visto pelos pais?

Rosângela: Cada vez mais os pais vêem com bons olhos os parceiros e parceiras de filhos e filhas dormirem em casa, não só heterossexuais, mas também homossexuais. Isso ocorre não somente porque os pais adotam uma postura aberta, democrática, mas principalmente como uma forma de controle sobre a vida sexual e afetiva dos filhos. Estando em casa, eles sabem com quem, quando e quantas vezes os filhos e filhas mantêm relações sexuais.

Hoje é cada vez mais comum vermos idosos de 65, 70 anos namorando, muitos ainda com vida sexual ativa. Essa é uma mudança moderna ou sempre existiu, mas não era aparente?

Rosângela: Hoje em dia não há mais restrição de idade para entrar na ‘Disneylândia’ afetiva. O problema é que, ao entrar nessa onda de permissividade, cada grupo vai viver de acordo com sua visão. No caso dos idosos, eles aderem a essa moda mas não abandonam a mentalidade dos relacionamentos do passado. Dessa forma, acabam se expondo a doenças venéreas como a Aids e até a golpes dos chamados estelionatários do amor. No passado, usar camisinha com o parceiro ou parceira era uma afronta, um indício de desconfiança, e isso faz com que eles se exponham a um alto risco.

Qual a explicação técnica da psicologia para a sensação tão agradável de namorar?

Rosângela: Todos nós somos serem incompletos. Na mitologia do hermafrodita, o ser humano era um ser completo, mas veio um deus e nos separou ao meio para buscarmos sempre um ao outro. Essa busca pela outra parte é existencial, nessa busca é que a gente vai vivendo várias experiências com nossos parceiros.

Da forma como a cultura está se montando atualmente, faz com que tudo se torne consumo, daí vem a experiência da ‘Disneylândia’ afetiva. O que ocorre é que essa busca pelo consumo acaba invadindo a procura pela nossa metade, gerando essa pluralidade de experiências que as pessoas afirmam que precisam ter para conhecer sua metade.

O que ocorre é que, pensando assim, as pessoas se distanciam da idéia de que é preciso paciência e afeto para construir um relacionamento no dia-a-dia. Essa troca de sair da visão do que queremos para buscar alguém que nos complete, independente de ser o nosso ideal, é o que alimenta a procura saudável pela felicidade no relacionamento.

http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?pag=old&idN=86156

- Sexualidade no climatério

[05-03-2009]

A sexualidade feminina passa por muitas transformações durante a vida. Cada fase com suas características, da adolescência à senilidade: o primeiro beijo, a perda da virgindade (ainda hoje, muito marcante), a gravidez com todas as modificações do corpo, os quarenta anos em que percebemos que a juventude está nos deixando, porém em seu lugar está surgindo uma mulher muito interessante, que sabe o que espera da vida e de seus relacionamentos, toma decisões, faz escolhas e vive intensamente.

A idade cronológica do climatério é variável para cada mulher, mas as alterações físicas são muito semelhantes, alterações estas, facilmente contornáveis com os recursos da medicina atual. No que se refere à sexualidade, a principal queixa é a diminuição do desejo sexual, seguida pela queixa de diminuição da lubrificação e pelas manifestações de envelhecimento, como: rugas, flacidez, cabelos brancos (resultando em possível diminuição da auto-estima).

Felizmente há diversos métodos terapêuticos, psicoterápicos e estéticos, que poderão tornar o processo do climatério, bem como do próprio envelhecimento, uma época da vida marcada por ganhos e não por sensações de perdas, especialmente se associarmos aos itens anteriores, a prática de hábitos de vida saudáveis, alimentação de boa qualidade e atividade física regular.

A reposição hormonal pode ser muito útil, mas deverá ser individualizada, ou seja, deverá levar em consideração as peculiaridades de cada mulher, como, idade, sintomas, doenças pré- existentes, antecedentes familiares e fatores de risco como, obesidade, tabagismo, uso de outros medicamentos, entre outros.

Envelhecer não significa tornar-se assexuada ou menos atraente, muito pelo contrário, no climatério geralmente entre os 40 a 55 anos de idade, a mulher na maioria das vezes já atingiu estabilidade profissional, afetiva e familiar ou mesmo diante de eventuais mudanças como no caso de separação conjugal, viuvez, ou filhos saindo de casa, a maturidade e a experiência de vida tornam esse momento maravilhoso para o exercício da sexualidade de forma plena e livre de receios, já que esta fase é uma grande oportunidade de reflexão, em que se podem avaliar os caminhos já percorridos e redirecionar as escolhas pessoais, tendo como objetivo central a felicidade.

É preciso salientar que a sexualidade é construída durante toda a vida, experiências sexuais e amorosas vão influenciar o momento presente, ou seja, não poderemos atribuir somente às modificações hormonais do climatério as possíveis mudanças em nosso comportamento sexual, se faz necessária uma avaliação adequada das queixas sexuais desta fase, para que a conduta terapêutica seja realmente eficaz.

Gostaria de finalizar lembrando, que as rugas em nossas faces contam a história de nossas vidas, devemos procurar colecionar bons momentos com as pessoas que amamos, preservar nossos relacionamentos, evitando a rotina, usando criatividade e dedicação.

Dra. Ângela Carvalho, CRM 11060 Ginecologista, com formação em sexualidade humana. Cursando especialização em Geriatria.

http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=saude&id=20674



- Existem mulheres pedófilas?

Colin nunca conheceu a inocência quando criança. Suas memórias de infância são de sua mãe o abusando sexualmente. No banho, em sua cama e durante a noite – até ele completar 13 anos.

Vinte anos depois, após uma juventude marcada por drogas e violência, ele ainda sofre traumas pelo que ele diz acontecer.

“Somente agora eu percebi o impacto que isso teve em mim. Com 14 anos, eu passei a sofrer ataques de pânico, e com isso comecei a usar drogas”, relata Colin, que prossegue: “Eu não conseguia dormir de noite, e sempre imaginava minha mãe em cima de mim. Não conseguia manter empregos, e tinha medo de garotas”.

O fato da pessoa que cometeu o abuso ser a pessoa que o deu à luz torna mais difícil para identificar o abuso, ele acredita. “Eu achava difícil até dizer que aquilo era abuso sexual, por conta da forma que a sociedade enxerga as mães, e com razão – 99% delas amam seus filhos, mas eu fui azarado e tive uma que não me amava”.

Da maneira que a sociedade vê a pedofilia hoje é que o mais chocante na história de Colin: não o abuso sexual em si – mas sim o fato de ter sido uma mulher quem o cometeu.

Mas Colin não está sozinho nesse tipo de trauma, diz Steve Bevan, que por duas décadas manteve um grupo de ajuda para homens vítimas de todo tipo de abuso sexual. Dos 18 homens atualmente recebendo ajuda, cinco dizem ter sido abusados por mulheres, e três deles apenas por mulheres.

“Durante os anos tivemos muitos homens abusados por mães, irmãs, tias e babás”, diz Bevan. “É muito difícil para os homens adultos admitirem que foram abusados por uma mulher, pois isso desafia sua masculinidade, sua sexualidade”.

Mulheres podem cometer uma infinidade de crimes sexuais, incluindo o estupro. E suas vítimas podem, no futuro, manifestar raiva, através de violência contra a esposa ou namorada.

Especialistas concordam que mulheres cometem apenas uma pequena parte dos abusos sexuais contra crianças, mas há tanta coisa oculta que torna difícil a precisão dos dados. Um estudo influente nos EUA, nos anos 80, sugeriu que 20% de todos os abusos contra meninos e 5% contra meninas foram cometidos por mulheres.

Fantasia?

Pelo contrário, a própria forma como a mídia trata o assunto demonstra isso – eles apontam que professoras “seduzem” seus alunos se elas são mulheres, mas se são professores, eles “estupram” suas alunas.

“Uma das questões mais controversas é o fato das pessoas pensarem que se as mulheres abusaram, é porque os meninos pediram”, afirma Michele Elliott, fundadora da Kidscape, organização especializada em proteção de crianças vítimas de abuso.

As mulheres que cometeram esse tipo de abuso não veem delito no que elas fizeram. “Elas diriam que não é tão ruim como quando um homem comete, pois elas dizem que fazem com amor, ao contrário de um homem, que é violento”, diz Michelle.

Se você foi vítima de abuso e quiser comentar aqui, não precisa colocar seu nome ou email verdadeiros. [BBC]

http://hypescience.com/existem-mulheres-pedofilas/



O laboratório indiscreto

Aqui, o assunto é sexo. Como o SexLab da Universidade de Aveiro está a testar o que estimula sexualmente uma centena de voluntários

Ao entrar na sala, Ana - chamemos-lhe assim - fecha de imediato a porta. Depois, despe-se da cintura para baixo e prepara-se para viver o teste do laboratório do sexo sozinha, confortavelmente sentada no sofá.

Primeiro, são apenas três minutos de um filme hardcore. Em laboratório, basta combinar este pequeno excerto de imagens de sexo explícito com mais três minutos de um filme erótico e relacional para obter um composto mágico capaz de revelar algumas verdades sobre a vida sexual dos portugueses.

Em menos de duas horas, fica dado o seu contributo para o primeiro trabalho experimental e psicofisiológico sobre a resposta dos portugueses a estímulos sexuais. Ao todo, Ana passou por quatro experiências diferentes, porque teve de imaginar-se a viver as duas cenas com o seu companheiro e, também, com um estranho.

No primeiro projecto do SexLab - Unidade Laboratorial de Investigação em Sexualidade Humana, o que os investigadores tentam entender é o papel das crenças sexuais, do relacionamento e de outras variáveis, como a auto-estima, a inibição e a excitação, na resposta sexual de homens e de mulheres a diferentes estímulos.

A experiência, inédita na área da sexologia em Portugal, trabalha directamente com as respostas subjectivas e físicas de 100 voluntários de ambos os sexos, seleccionados entre um numeroso grupo de candidatos interessados em ajudar mas também em ser ajudados pela ciência.

"Fomos surpreendidos com a adesão das pessoas. Ultrapassou todas as expectativas, até porque esta é uma questão delicada e não há tradição neste tipo de trabalho em Portugal", comenta Pedro Nobre, responsável pela equipa de cinco investigadores envolvidos no estudo, a decorrer na Universidade de Aveiro , ao abrigo de uma parceria que envolve, igualmente, as Universidades de Coimbra e de Trás-os-Montes.

O psicólogo, que trabalhou nesta área nos Estados Unidos durante a sua tese de doutoramento, estava interessado em investigar o tema em Portugal há algum tempo, mas só agora conseguiu reunir as condições necessários para arrancar com o projecto. Com ele, pretende "contribuir para melhorar o conhecimento acerca das experiências sexuais masculinas e femininas". "É uma oportunidade de testar um conjunto de teorias e aprofundar o papel das variáveis relacionais associadas às respostas sexuais, assim como as suas implicações clínicas de prevenção e promoção da saúde sexual", explica.

100 candidaturas por dia

Logo que surgiram as primeira notícias dando conta da procura de voluntários entre os 18 e os 50 anos para uma investigação em laboratório sobre "A Saúde Sexual da Mulher e do Homem: Contributos para Um Modelo de Compreensão Biopsicossocial", as candidaturas começaram a chegar a Aveiro ao ritmo de 100 por dia. Mas, mais do que confirmar a curiosidade dos portugueses por questões de sexo, a procura permitiu formar um grupo heterogéneo de 50 homens e 50 mulheres com diferentes habilitações literárias, rigorosamente protegidos pela garantia da confidencialidade.

A triagem exigia, ainda, um relacionamento íntimo em regime de coabitação há pelo menos seis meses e a ausência de patologias graves, problemas clínicos ou consumo de medicação com interferência na resposta sexual. A confrontação directa com os critérios de exclusão afastou de imediato muitos candidatos que viam neste voluntariado uma porta aberta para obterem ajuda: "Recebemos muitos telefonemas de pessoas com problemas sexuais, interessadas em participar para receber apoio e tratamento. Por vezes, sugeriam até que o seu caso poderia ajudar outras pessoas com o mesmo tipo de disfunção", refere Pedro Nobre, que considera a possibilidade futura de alargar o âmbito do trabalho.

Para já, os 100 eleitos vêm de todo o país. Alguns são casais. Todos aceitaram submeter-se ao teste inaugural do SexLab, que coloca Portugal no grupo restrito dos países com uma unidade laboratorial em sexualidade humana. São eles que vão ajudar os investigadores a testar teorias e variáveis sobre sexo através de parâmetros fisiológicos como o batimento cardíaco, a respiração e a condutância galvânica da pele. No caso dos homens, o indium gallium gauge, que cada um coloca no seu pénis, indica as respostas à erecção. Nas mulheres, cabe ao fotopletismógrafo, que cada uma introduz, indicar a pulsação e o volume sanguíneo vaginal. A exibição das imagens é sempre aleatória, de forma a evitar condicionar as reacções.

"Uma das marcas inovadoras do trabalho é a valorização de estímulos eróticos de natureza relacional, em pé de igualdade com material sexualmente explícito, usado quase em exclusividade noutros projectos", afirma Pedro Nobre.

Em cima da mesa estão hipóteses susceptíveis de pôr em causa "velhas ideias", como a perspectiva de a resposta fisiológica nas mulheres poder ser até mais rápida do que a dos homens. "O que acontece é que muitas mulheres, apesar de terem uma resposta fisiológica objectiva perante o estímulo, não valorizam nem se apercebem da sua resposta subjectiva, designadamente o prazer", acredita o investigador.

Há teorias que defendem que as mulheres estão menos atentas à sua resposta fisiológica e os homens estão mais focados nela. "Uma das explicações poderá estar no facto de a erecção tornar a excitação visível e promover, assim, a resposta subjectiva de prazer."

Na verdade, até agora, todos os estudos têm indicado que a discrepância entre a resposta física e a percepção do prazer é maior nas mulheres do que nos homens. Em Aveiro, com este projecto orçado em 160 mil euros, poderá ser dado um passo no sentido de perceber o que efectivamente motiva estas diferenças.

Mas há outras teorias à espera de confirmação laboratorial, como a possibilidade de a resposta fisiológica feminina e masculina ser mais forte com um estranho do que com o próprio parceiro. E, se a resposta subjectiva de excitação e prazer das mulheres é provavelmente mais elevada quando imagina as cenas do filme com o companheiro, nos homens será sempre a estranha a provocar a resposta mais intensa.

Curiosos, no final da experiência, todos os voluntários procuram ter respostas imediatas dos investigadores. Todos repetem as mesmas perguntas: Como correu o teste? Foi tudo normal? A resposta é sempre genérica, porque "a diversidade da resposta sexual é muito grande e não há um padrão para definir o que é normal". Mais pormenores, só com a conclusão do estudo, dentro de um ano.

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