segunda-feira, junho 23, 2008

Parada do Distrito Federal




ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Correio Braziliense Editoria: Pág. Dia / Mês/Ano:
Cultura 23/JUNHO/08

Em busca de compromisso político

Arthur H. Herdy
Especial para o Correio


As cores do arco-íris estarão em voga nesta semana em Brasília. Eventos como festas e mostras de cinema preparam a cidade para a 11ª Parada do Orgulho LGBTS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes), no domingo, 29. Milhares de pessoas sairão do Eixão, na altura da 108 Sul, às 16h, em direção à rodoviária. Sempre às 18h30, o auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Conic, sediará mostra de filmes com temática GAY, seguidos de debate. A estréia é hoje com o filme 20 centímetros (não recomendado para menores de 18 anos); amanhã, a comédia Another GAY movie (não recomendado para menores de 16 anos) e quarta, o romance feminino Imaginei eu e você (não recomendado para menores de 14 anos). Entrada franca para todas as sessões. Em seguida, no dia 30, a mostra vai para o Centro Cultural Itapuã (Gama), sempre às 18h.


Na 11ª edição, a terceira parada GAY mais antiga do país, depois de São Paulo e do Rio, abordará a reivindicação dos homossexuais para a criação de um conselho de cidadania dedicado à causa. "Em Brasília fomos pioneiros até no uso da sigla LGBT, cuja mudança oficial ocorreu na 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, realizada no início deste mês, em Brasília. Assim como há para as outras minorias discriminadas como o negro, a mulher, o idoso, os homossexuais precisam de um compromisso próprio do governo para com eles", aponta Welton Trindade, um dos organizadores.

Recentemente, com a mídia bombardeada por notícias ligadas à comunidade LGBT, como a legalização da união civil de homossexuais na Califórnia (EUA) e a prisão dos militares homossexuais brasileiros por deserção, a discussão ganha novos parâmetros. A marcha, manifestação popular da luta de grupos especializados e civis, é apenas uma das etapas para erradicar o preconceito. "O importante é que nos coloquemos visíveis e que rompamos o silêncio da sociedade aos poucos. Se um sem terra ocupa uma fazenda para conseguir seu espaço, se uma mulher luta para ser promovida para provar seu lugar no mercado, nós, homossexuais, assumimos nosso compromisso perante a sociedade, beijamos nossos companheiros em público e reivindicamos nossos direitos no dia-a-dia", observa Trindade.


Quase uma tradição anual, as festas pré-parada também estão garantidas. Sexta, dia 27, a partir das 23h, o Oficina Club receberá a Fêmina Pride - Festa para elas. No line-up, estarão os DJs Marça, Vilson e Tiago Vibe, sendo que os hits inesquecíveis da década de 1980 ficarão com a dupla Telma & Selma. Já a Blue Space, reduto tradicional da galera, será palco da Federal Pride, festa oficial da parada, no sábado, dia 28, a partir da meia-noite. Fazendo a pista ferver, os Djs Alê Amaral e Robson Mouse, de São Paulo e os brasilienses Gilmar Golucho, Tiago Vibe e Bárbara Rocha. Telões a cargo do VJ Victor Marra.

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