Lançada em Brasília a Conferência Nacional GLBT, a primeira do gênero no mundo
"É parte dos Direitos Humanos articular liberdade e igualdade, dessa forma todos devem ter o direito de assumir sua orientação sexual", afirmou Paulo Vannuchi, ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Presidência da República (SEDH/PR), no lançamento da Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT), a primeira do gênero no mundo, que aconteceu hoje (29), no salão Negro do Ministério da Justiça, em Brasília.
A conferência será realizada entre os dias 5 e 8 de junho, no Distrito Federal. O tema central é Direitos Humanos e Políticas Públicas: o Caminho para Garantir a Cidadania GLBT.
Vannuchi destacou o pioneirismo do debate no Brasil e no mundo e as dimensões da conferência, que terá mais de mil participantes. Para o ministro, é preciso acabar com a homofobia que, em casos extremos, leva à morte. "A cada três dias, um homossexual é assassinado. Não podemos aceitar que seres humanos sejam exterminados por puro preconceito de algumas pessoas", afirmou.
Vannuchi disse que a Conferência é a chance de mostrar para a sociedade a importância do assunto. "O debate GLBT é tão importante quanto o da criança e do adolescente, o do índio, o do negro, o de pessoas com deficiência. São as minorias que precisam lutar para ter seus direitos respeitados", disse ele.
A solenidade teve a presença de militantes históricos do movimento GLBT, entre eles, a ministra do Turismo, Marta Suplicy. Participaram ainda o ministro da Justiça, Tarso Genro, os secretários especiais da Presidência da República de Políticas para as Mulheres, ministra Nilcéa Freire, da Igualdade Racial, ministro Edson Santos, a presidente da Caixa Econômica Federal em exercício, Clarice Copetti, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Ella Wiecko e a senadora da Frente Parlamentar pela cidadania GLBT, Fátima Cleide, além de outras autoridades, deputados e lideranças do movimento social organizado.
Vannuchi lembrou que todos os estados brasileiros estão mobilizados para eleger os delegados para a Conferência Nacional em um processo que integra segmentos do governo e sociedade civil e que o resultado desse esforço será um Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de GLBT construído em conjunto.
"Teremos esse ano cerca de 40 conferências – de idosos, deficientes, mulheres, entre outras – mas essa é especialíssima, é a primeira vez no mundo que esse tema é discutido", explicou Vannuchi.
"Essa conferência coloca em pauta a cidadania brasileira, o respeito à condição humana e a rejeição a homofobia e a intolerância. O Ministério da Justiça está à disposição para esse processo educativo para a sociedade brasileira", disse Tarso.
Marta Suplicy se disse satisfeita com a Conferência. "Estou nesse debate público há muito tempo, desde 1980", lembrou ela. "Retomar esse debate em âmbito nacional unindo poder público e sociedade civil é uma grande conquista tem tudo para dar certo, principalmente porque o Plano está sendo construído por quem precisa dele. Um Plano que dará orgulho ao Brasil", avaliou a ministra.
Assessoria de Comunicação Social
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