terça-feira, junho 16, 2009

HOMOFOBIA - Bomba na parada LGBT de São Paulo

Bomba caseira deixa 21 feridos em SP
Explosivo teria sido jogado de um prédio contra Grupo que comemorava participação na 13ª Parada Gay

A festa contra a homofobia em São Paulo foi pacífica e reuniu cerca de 3 milhões, mas grupos de intolerância agiram após a Parada do Orgulho Gay sem que a polícia conseguisse evitar. Na Rua Vieira de Carvalho, tradicional reduto de bares gays na cidade, uma bomba caseira explodiu por volta de 21 horas e deixou 21 feridos pelos estilhaços.

Os fragmentos atingiram pernas, braços, costas e rostos das vítimas. Houve correria e algumas pessoas caíram no chão. Todos foram socorridos por ambulâncias e levados a cinco hospitais da região. A rua fica entre a Praça da República e o Largo do Arouche, local de dispersão da parada, que ocorreu até as 19 horas.

“A bomba foi ensurdecedora, veio do nada. Quando olhei meu amigo tinha se machucado”, disse Luciano Cavalncanti, que participava da festa. “Não eram só gays que estavam no local. Todos trabalham, alguns têm filhos, são pais de família”, afirmou Márcio Santos, que também estava no grupo atingido.

A bomba com estilhaços de vidro, de cano plástico e pólvora teria sido arremessada de um edifício na esquina da Rua Vitória com a Vieira de Carvalho, segundo testemunhas, mas não foi identificado de que andar.

“Saber quem foi mesmo, a pessoa que fez isso, ninguém sabe”, afirmou o tenente da PM Fábio de Nóbrega. Na região da Avenida Consolação, quatro foram vítimas de agressão. Na esquina da Rua Dona Antônia de Queiroz com a Frei Caneca, um adolescente de 17 anos foi agredido por um grupo de homens e sofreu traumatismo craniano.

Ele está internado em coma na Santa Casa. Outra vítima recebeu golpes de faca na Praça da República, duas horas antes do atentado a bomba que feriu 21 pessoas.

Na Praça Roosevelt, um rapaz foi agredido e roubado por um grupo de skatista. A vítima foi golpeada no rosto com skates. (Agência Globo)

Homofobia em Goiás caiu, diz líder
Adriano Marquez Leite

A homofobia em Goiás está diminuindo, mas ainda há muito o que ser feito. A constatação é do presidente da Associação Goiana de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGBLT), Léo Mendes, que apontou o poder legislativo como o mais atrasado com relação ao reconhecimento dos direitos dos cidadãos homossexuais.

Treze anos depois da realização da primeira parada do orgulho gay em Goiânia, os avanços são sentidos sensivelmente nos espaços públicos da cidade. Hoje, mais de 25 espaços para sociabilidade do público homossexual são listados enquanto antigamente esses locais não passavam de dois.

Também aumentaram para cerca de 10 os grupos em defesa desse público, que se restringia a uma única organização não governamental há mais de uma década.

Segundo os organizadores da festa, a parada gay tem como primeira função dar visibilidade massiva aos problemas e objetivos do público gay. Em Goiânia, mostrou-se que o número de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais é bem maior do que quando foi feita a primeira parada.

O que ocorreu, diz o organização, é que a festa “oportunizou que mais pessoas assumissem sua condição sexual”.

Igreja é criada para suprir demanda gay
Entre as conquistas de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GLBTT) em Goiás, está até a criação de uma igreja evangélica que atende especialmente este público, tão discriminado nas igrejas fundamentalistas, lembra o coordenador e pastor da instituição religiosa, Edson Santana do Nascimento.

Em 21 de abril deste ano foi fundada a Igreja Renovação Inclusiva para a Salvação (Iris), no Setor Fama, justamente para suprir a demanda de homossexuais evangélicos que sofriam preconceito nas igrejas tradicionais, afirmou.

Atualmente, o grupo conta com mais de 50 participantes – incluindo heterossexuais – e já celebrará o primeiro casamento entre gays no dia 23 de agosto, durante a parada do orgulho gay

2 comentários:

Thiago Piraca disse...

OI Léo, realmente muito triste esse acontecimento na Parada de São Paulo. Sou jornalista e gostaria de marcar uma enrevista com vc, estou escrevendo uma matéria sobre o preconceito e um dos temas era o preconceito contra os homossexuais. Me passa seu email, ou telefone que entro em contao com vc. A matéria é para a Revista Stile, se quiser dar uma olhada na revista é www.revistaestile.com.br.
Muito Obrigado,

Thiago Borges

Thiago Piraca disse...

Meu email é borgesthi@hotmail.com.