domingo, maio 24, 2009

LITERATURA - Livro conta a Historia do Movimento LGBt do Brasil


Sai o livro "Na trilha do arco-íris: Do movimento homossexual ao LGBT"
em 18/05/2009




De doença social à organização ativa e politizada, a homossexualidade no Brasil é analisada no livro que narra uma trajetória de vitórias e desafios

Há pouco mais de três décadas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais do país decidiram “sair do armário” para formar um movimento organizado, cuja agenda está focada em assegurar suas identidades, seus direitos e garantias civis fundamentais. E, para o grupo LGBT, vencer a resistência conservadora está longe de ser uma tarefa simples.

Como os autores Júlio Assis Simões e Regina Facchini descrevem em Na trilha do arco-íris – Do movimento homossexual ao LGBT, dos anos 70 até hoje os homossexuais do Brasil e do mundo percorreram um caminho árduo. Instituições imaculadas, como família, escola, igreja e mídia se veem ameaçadas e os consideram como doentes - apesar da OMS ter retirado a homossexualidade da lista da doenças em 17 de maio de 1990, data que ficou determinada como o Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, celebrado em várias partes do mundo.

Traz um levantamento sobre as primeiras manifestações, hoje conhecidas como Parada do Orgulho LGBT, que levam a cada ano milhares de ativistas e simpatizantes às ruas, num colorido que mobiliza opiniões e atitudes.
Repleto de curiosidades históricas, científicas e filosóficas, o livro faz um panorama do ativismo americano e europeu, mas se aprofunda no movimento LGBT brasileiro com propriedade. Cita a importância de grupos organizados como o Somos e o jornal Lampião, os anos 70 e 80, a mobilização do tribunal brasileiro – inclusive cita casos concretos, como o de Cássia Eller e sua companheira –, analisa o impacto da AIDS na história do movimento e, sobretudo, imerge na importância da homossexualidade no debate público.

Um comentário:

Sá Editora disse...

Babyji, livro vencedor de prêmios da literatura GLBT nos EUA é publicado no Brasil

Abha Dawesar, escritora indiana, autora da literatura GLTB

Os prêmios Lambda Literary Awards (também conhecidos por “Lammies”) são atribuídos anualmente pela Lambda Literary Foundation, dos Estados Unidos, a obras publicadas sobre temática GLBT.
Os prêmios foram instituídos em 1998 e as suas categorias incluem Romance,Biografia, Ensaio e outras. A Lambda Literary Foundation indica que a sua missão é “celebrar a Literatura GLBT e providenciar recursos aos escritores, leitores, livreiros, editores e bibliotecários - toda a comunidade literária”.

O Stonewall Book Award é um prêmio literário patrocinado pela Comissão Gay, Lesbian, Bisexual, and Transgendered da American Library Association, que distingue anualmente as obras de ficção (Barbara Gittings Literature Award) e não-ficção (Israel Fishman
Non-Fiction Award) de temática GLBT publicadas em língua inglesa. O prêmio é anunciado em Janeiro de cada ano, e os autores premiados recebem um placa e um prêmio monetário.
Babyji, de Abha Dawesar, foi vencedor desses prêmios em 2006, se consagra como um clássico que prega a diversidade sexual, ao narrar com grande sensibilidade os amores lésbicos de uma adolescente indiana, nos anos 90, em Nova Dhélli.
O livro acaba de ser lançado no Brasil pela Sá Editora e
começa a ser distribuido para as livrarias esta semana.

Uma história de descobertas sexuais na adolescência

Anamika, ou Babyji, vive em Nova Délhi. Na escola, ela se destaca: é a representante de classe e a melhor aluna de Física Quântica. Em casa, lê o Kama Sutra às escondidas. Sedutora, tenta sempre parecer madura, provocando homens e mulheres, sejam jovens ou mais velhos do que ela.Ávida de experiências e de saber, questiona a justiça e a relevância do sistema de castas
indiano, o conservadorismo, a homossexualidade e a religião.
Mas será através do sexo que ela vai encontrar algumas das respostas que procura.
Desafiando as regras de um país onde a sexualidade se expressa em padrões rígidos, embarca numa série de romances: de uma sofisticada mulher mais velha, à empregada da casa dos pais; empenha-se também em seduzir uma das colegas mais cobiçadas pelos garotos da escola, enquanto se comporta como uma verdadeira “Lolita” para um amigo de seu pai.
Singular e transgressora como todos os que buscam a verdade sobre si próprios e o mundo, Anamika confronta-se com questões capazes de abalar pessoas bem mais velhas do que ela. Vejamos se será capaz de vencer tão imensos desafios nos quais se joga tão precocemente…

A escritora indiana Abha Dawesar, autora do livro, prega a liberdade de escolha sexual e a liberação feminina em todos os seus aspectos, como falou a um jornal de Portugal no ano passado, na ocasião do lançamento de seu livro em tradução portuguesa: “Babyji é rebelde. Surpreende-se e desafia-se a ela própria com as suas ações, as suas relações. Mas acho que ela gosta, de fato, de mulheres. Já não se pode dizer o mesmo da sua amiga Sheela, que está disposta a experimentar com ela, mas talvez goste de rapazes também. Elas estão descobrindo as mesmas coisas mas com uma abordagem diferente.Babyji está sempre entre mulheres, as suas amantes, a sua mãe… Ela não gosta do fato de uma garota ter de aceitar um casamento combinado e passar a vida a preparar comida e a lavar pratos para os maridos. Quer ter formação e um futuro diferente do que tiveram aquelas mulheres”.

BABYJI
Preço de capa: 44,90
Informações / Imprensa: Sá Editora /Eveline Albuquerque
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